segunda-feira, 25 de maio de 2009

Entre quatro paredes

Leio verbos contrários
Eterno esse teto
Sobre um chão de concreto
Eu descanso a dor
Vítima de um acaso nada justo
Estou a cantar

Minha confissão
Uma imensa confusão
No ato de dizer
Uma verdade clara
E em uma injusta sina
Eu me deleito
Com desprezo total

Não me ouvem mais
Por mais que eu grite
A paisagem negra
Minh'alma assiste
Não há mais verdade
A farsa a persiste
Em me castigar

Entre quatro paredes
Quebro o meu silêncio
Um clamor por Deus
E todo o Universo
Que guardam a resposta
Do meu sofrimento
Em algum lugar

Esperar
Sempre esperança
Mesmo varios anos
Passando tão devagar
Continuo a acreditar

sábado, 23 de maio de 2009

Apenas mais um

Em dilemas, atos contraversivos
Singelos gestos tão ludibriantes
Minha frustração desse torto engano
Desabou meus planos
Me feriu no peito

Um tiro certeiro e inesperado
A dor de me desiludir
E o prematuro amor
Agora só Deus sabe
Como vai regredir

Com o passar das horas
Vou morrendo
Tão ligeiramente
Concluindo
Que o seu carinho
É clichê
Somente agora
Eu fui perceber

Sou apenas mais um
Nesse mar de iludidos tolos
Qualquer um teria
A mesma opinião

Ah que vontade de reverter
O prosseguimento tempo
E aliviar esse sofrer
Sinônimo de dor
Não há como evitar
morrendo de amar
vou te esperar