terça-feira, 14 de abril de 2009

Meus últimos dias


É fácil  reparar em minha face

 O quão mal foi meus últimos dias

E eu que achei que meu sorriso não cessaria

De repente não sou mais tão feliz

Tudo volta ao ponto de partida

Um choro pode durar uma noite...

E continuar

 enquanto o destino não me achar um bom camarada

irei sofrer como quem perde um ente querido

perdi minha vida

Viver é sonhar, sorrir, cair e se reerguer

Não há mais vida

A vontade de tê-la é um mantra em mim

Estou clamando por salvação

Mas estou num filme mudo

Quem me ouvirá?

Só vêem em minha face

O quão mal tem sido meus últimos dias

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Inconstância

Feridas curadas

Uma vida sarada

Despeço e convido

Volto a deslizar

Não tenho mais força

Não tenho fraqueza

Só tenho inconstância

Respiro sem ar

 

Minhas mãos estão cheias de culpa

Amor relaxado  e desilusão

Vou vagar na rua

Sentir essa paz tão sangrenta

Essa maldição

 

Quem sabe volta mais tarde

Aquela paz e aconchego

Mais e mais cicatrizes

Um sorriso amargo

A dor e o medo

 

Chega dessa inconstância

Só quero um teto sereno

Só quero ser livre

Dos fantasmas  do tormento

 

A corda arrebenta

Pro lado mais fraco

Meu bem sinto muito

Meu amor é falso

 

 

Falso poeta


Será  esse o meu fim como poeta?

Até quando a dúvida irá durar?

Antes qualquer coisa quero recitar

Os mais belos poemas pra te conquistar

 

Eu que nada sei do amor

Eu que aprendi ser ator

Finjo que te amo em meus versos

Pra te ter em meus braços

 

Não bebo

Não me drogo

Nem café to aceitando

Você me empurra um troço

 Que me deixa meio estranho

Tudo o que eu queria

Era mesmo aproveitar

E a qualquer momento

De surpresa te beijar

 

Eu que nada sei do amor

Eu que aprendi ser ator

Finjo que te amo em meus versos

 Pra te ter em meus braços

 

Não, não vou mergulhar

No absinto pra te ver sorrir

Se você espera um final clichê

Esqueça essa idéia

Não quero morrer

 

Não vou me matar

É idiotice pra te alegrar

Sou um falso poeta

Que ama a vida

Não abro mão de envelhecer

 


domingo, 12 de abril de 2009

Os palhaços também choram


Todo mundo um dia vai morrer
Todo mundo um dia vai ver o leite derramar
Nenhum palhaço  vive só de sorrisos

Toda tinta uma hora sai
É hora de comprar o pão
E alimentar o cão com a ração

No mundo não há nada que é eterno
Um dia vai sorrir e no outro vai chorar
Todo show tem uma hora certa pra acabar

O sorriso se converte em lagrimas
O mundo gera a vida e traz a morte em seguida
Não quero viver pra ser um inconstante

A caminhada ainda é muito longa 
Deixo meu desespero  em cima do armário
Mais tarde vou pensar se passo aí ou não

Sei, vou alimentar sua tristeza
É fato que eu nem mesmo apareça
Sinto muito seu sorriso se desfez

A vida é cheia de altos e baixos
Um dia ela sobe e temos que conservar
Pois a qualquer momento tudo pode desabar

A cara pintada se cansou
abro alas aos meus descendentes
As rugas que ganhei afogaram  meu encanto

O tempo é uma linha que prossegue
Agora você entende a minha deixa
Minha escolha errada me fez cair
Mas me fez entender que sem você 
Não posso prosseguir

minha gargalhada