segunda-feira, 25 de maio de 2009

Entre quatro paredes

Leio verbos contrários
Eterno esse teto
Sobre um chão de concreto
Eu descanso a dor
Vítima de um acaso nada justo
Estou a cantar

Minha confissão
Uma imensa confusão
No ato de dizer
Uma verdade clara
E em uma injusta sina
Eu me deleito
Com desprezo total

Não me ouvem mais
Por mais que eu grite
A paisagem negra
Minh'alma assiste
Não há mais verdade
A farsa a persiste
Em me castigar

Entre quatro paredes
Quebro o meu silêncio
Um clamor por Deus
E todo o Universo
Que guardam a resposta
Do meu sofrimento
Em algum lugar

Esperar
Sempre esperança
Mesmo varios anos
Passando tão devagar
Continuo a acreditar

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